segunda-feira, 16 de março de 2009

Os LMS no Apoio ao Ensino Presencial: dos Conteúdos às Interacções - Resumo

Os sistemas LMS, de que são exemplo o Blackboard, WebCT, AulaNet e Moodle têm vindo a ganhar adeptos uma vez que as suas funcionalidades obedecem às exigências de um mundo rápido e cómodo como se perspectiva o mundo moderno. Tem como principais vantagens a interacção que permite entre professor e alunos e o acesso à informação sempre que os intervenientes o desejarem, desde que disponham de internet.

O uso de uma LMS nem sempre significa uma mudança nos processos de ensino - aprendizagem. Ela pode apoiar um ensino tradicional ou fomentar um ensino mais construtivista, permitindo uma passagem do conhecimento individual para o conhecimento colaborativo (McIsaac, 2007), valorizando a capacidade de pesquisar, analisar e sintetizar, em vez de memorizar (Mason, 2006). O papel do professor, é um orientar o processo de aprendizagem dos alunos, apoiando-os, incentivando-os à reflexão e ao debate.

Numa LMS o professor pode disponibilizar as aulas, material didáctico e sites relacionados com os temas, as notas, podcasts, esclarecer dúvidas e fazer debates. Ela permite ao professor monitorizar o trabalho dos seus alunos uma vez que pode ficar registado tudo a que o aluno acede, o que fez na plataforma, quando acede e quanto tempo gasta.


O professor deve encorajar os alunos a analisarem as suas necessidades, a escolherem as ferramentas e a desenvolverem estratégias para o seu uso (Bennett, 2004) e levar os alunos a reflectir sobre o que estão a aprender de forma a olharem de outro modo para o conteúdo (Carvalho & Pereira,2004).

Do original:
Carvalho, A.A. (2008). Os LMS no Apoio ao Ensino Presencial: dos conteúdos às interacções.
Revista Portuguesa de Pedagogia, Ano 42-2, 101-122.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: Dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS - Resumo

Com o emergir da economia do conhecimento em rede, nasce a necessidade do conectivismo, que Carvalho (2007) refere como sendo o “estar do sujeito na rede” e Siemens, como sendo a teoria da aprendizagem da era digital. Siemens apresenta sete princípios do conectivismo. Segundo este autor “a aprendizagem e o conhecimento baseiam-se na diversidade de opiniões e a capacidade para conhecer mais é mais crítica do que o que é conhecido”. Refere ainda que “criar e manter conexões é necessário para facilitar uma aprendizagem contínua e a capacidade para identificar conexões entre áreas, ideias e conceitos é crucial. A actualização é a intenção de todas as actividades de aprendizagem conectivistas e a tomada de decisão é em si um processo de aprendizagem: escolher o que aprender e prever as consequências da nova informação no real que vai ser alterado”.

Para servir esta economia do conhecimento em rede surge a Web 2.0 (O’ Reilly, 2005). Na Web 2.0 tudo está acessível, as pessoas deixam de precisar de ter o software no seu computador porque ele está disponível online, facilitando a edição e publicação imediatas. Com esta nova ferramenta a selecção da informação, a avaliação da sua qualidade, a sua interpretação e posterior aplicação passam a ser aspectos mais importantes do que o acesso. Com instrumentos como o blog, o podcast, o wiki e a Wikipédia todos podemos produzir informação e publica-la sem necessidade de grandes conhecimentos informáticos. Esta facilidade de publicação permite o trabalho colaborativo e a partilha de informação. O trabalho colaborativo refere-se à realização de tarefas em conjunto e não à divisão de tarefas pelos membros do grupo (trabalho cooperativo).

No entanto permitir aos alunos uma navegação livre na Web não é um bom método, pelo que se deve recorrer a ferramentas como a WebQuest e a Caça ao Tesouro para orientar a pesquisa de informação. È igualmente importante ensiná-los a avaliar a qualidade da informação encontrada e sensibilizá-los para combater o plágio, colocando sempre o nome do autor da informação que copiam.

LMS

As LMS são plataformas de apoio à aprendizagem, como é o exemplo a plataforma Moodle. Surgiram para dar apoio ao ensino à distância mas neste momento são utilizadas também no ensino presencial como repositório de informação e local de construção de conhecimento. Com estas plataformas o aluno pode aceder à informação quando e o número de vezes que o desejar. Elas facilitam a disponibilização de recursos em texto, vídeo e áudio, apontadores para sites, avisos aos alunos. Possibilitam a interacção entre professor e alunos através de ferramentas de comunicação, assegurando a sua privacidade, uma vez que os outros cibernautas não têm acesso.

Apesar destas vantagens nem todos os professores estão dispostos a mudar a sua forma de agir profissional, aderindo a estas novas tecnologias. O estado está a fazer um esforço no sentido de motivar ao seu uso nomeadamente dando formação sobre o uso das plataformas. É urgente adaptarmo-nos aos nossos alunos, que são alunos da era digital.

Do original:
Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS
Ana Amélia Amorim Carvalho


domingo, 8 de março de 2009

PODCAST EM EDUCAÇÃO: UM CONTRIBUTO PARA O ESTADO DA ARTE - Resumo

A Web 2.0 (Tim O’Reilly, 2004) veio alterar a forma como encarávamos a internet. Este espaço, anteriormente de mera leitura e pesquisa, adquire uma nova dimensão. O Blog, a Wikipédia, o Podcast, o Hi5, o Del.icio.us tornam-se ferramentas que permitem um ajuste maior ás necessidades e limitações do utilizador. O utilizador, até então mero consumidor, assume o papel de produtor, uma vez que lhe é dada a possibilidade de publicar on-line.

Além destes aspectos, a Web 2.0 permite utilização colaborativa, a partilha de conhecimento, descentralização da autoridade, liberdade para utilizar e reeditar a informação Alexander (2006). Os softwares funcionam online ou podem utilizar sistemas off-line com opção para exportar informações de forma rápida e fácil para a Web. Os sistemas deixam de ter novas versões e passam a ser actualizados e corrigidos a todo o momento o que proporciona enormes benefícios para os utilizadores.

O Podcast (Adam Curry, 1994) aparece como mais uma inovação inerente à Web 2.0 e constitui uma página onde os ficheiros áudio estão disponibilizados para carregamento.

É uma ferramenta de fácil utilização, gratuita, acesso livre, permite a utilização de textos, imagens, áudio, vídeo e hipertexto, tem acesso livre ou mediante registo ao conteúdo publicado e que os utilizadores recebam as actualizações por meio do RSS (Real Simple Syndication). Esta ferramenta pode ser utilizada em negócios, para entretenimento, para formação, etc.

No campo educativo tem a grande vantagem de potenciar o interesse na aprendizagem dos conteúdos devido a uma nova modalidade de ensino introduzida na sala de aula. O aluno pode descarregar a informação para o seu ipod, mp3 ou mp4, utilizando-a quando entender, sem necessidade de se ligar à Internet. Falar e ouvir produz aprendizagens mais significativa do que a leitura. A aprendizagem é facultada dentro e fora da escola, podendo adaptar-se a diferentes ritmos de aprendizagem (os alunos podem aceder à informação o número de vezes adequado a si, até compreenderem o conteúdo). Se os alunos forem estimulados a gravar episódios aprendem muito mais, pois terão maior preocupação em preparar um bom texto e disponibilizar um material correcto e coerente para os colegas.

Para Moura e Carvalho (2006a), “o Podcast parece funcionar bem com alunos motivados, que detenham competências a nível tecnológico e ainda quando o propósito que determinou a sua concepção vai de encontro às necessidades dos alunos”.

São apresentadas três categorias de ferramentas para gravação e edição de episódios de um podcast: as ferramentas de gravação e edição de áudio, as ferramentas de gravação e edição de vídeo e áudio e as ferramentas que permitem a gravação de áudio online e a disponibilização gratuita de podcasts na web. A gravação pode ser feita directamente no aplicativo ou através de um dispositivo externo de gravação áudio, sendo que neste caso o ficheiro precisa ser enviado ao podcast posteriormente para que os utilizadores tenham acesso aos episódios.

Por fim os autores dão o exemplo de três casos de utilização de podcast na sala de aula, concluindo-se que esta ferramenta quebra a rotina na sala de aula, motivando os alunos para a disciplina.

Exemplos de softwares gratuítos (freewares):

Softwares para ouvir podcasts:

Softwares para criar podcasts:
» Audacity
» PodProducer
Site para criar podcasts:
» Odeo

Do original:
Barca, A., Peralbo, M., Porto, A., Duarte da Silva, B. e Almeida, L. (Eds.) (2007).
Libro de Actas do Congreso Internacional Galego-Portugués de Psicopedagoxía.
A.Coruña/Universidade da Coruña: Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación.
ISSN: 1138-1663.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Encontro sobre Podcasts, 8 e 9 Julho 2009


Braga, Universidade do Minho

O Encontro sobre Podcasts pretende ser um espaço de formação, de partilha e de discussão para todos os que já utilizam podcasts no ensino e para os que pretendam vir a adoptar e explorar esta ferramenta.

A submissão de comunicações ou posters, texto integral, deve ser feita até 17 de Abril de 2009.

Para mais informação:
http://www.iep.uminho.pt/encontro.podcast/

domingo, 1 de março de 2009

A WebQuest: evolução e reflexo na formação e na investigação em Portugal – Resumo

Este artigo caracteriza a WebQuest e a sua evolução, enfatizando a importância da sua integração na formação inicial e contínua de professores. Por fim, aborda a investigação realizada em Portugal no âmbito da WebQuest.

A WebQuest foi criada por Bernie Dodge e Tom March (1995), tendo como objectivo levar os professores a criar recursos educativos recorrendo à tecnologia e a tirar partido da informação existente online. È composta por cinco componentes: Introdução, Tarefa, Processo, Avaliação e Conclusão. Deve promover trabalho colaborativo, pelo que deve ser resolvida em grupo.

A utilização desta ferramenta interliga três vertentes, a pesquisa, a aprendizagem e tecnologia. Ela promove a pesquisa, selecção e avaliação de recursos online, leva o professor a repensar a aprendizagem como construção e como pensamento de nível elevado (implica capacidade de análise, de síntese, de colaboração entre os elementos do grupo, de gestão da aprendizagem, de tomada de decisão e de criatividade na solução a apresentar, utilizar a tecnologia (a WebQuest, depois de estruturada, tem que ser implementada e disponibilizada online).

Segundo March (1998) uma WebQuest deve ser utilizada apenas quando outras estratégias falharam, tendo em atenção que esta deve ter um bom enquadramento teórico e ser motivante para os alunos.

São consideradas três fases na evolução da WebQuest. No primeiro texto sobre WebQuest, Dodge (1995) propõe seis componentes: introdução, tarefa, fontes de informação, processo, orientação e conclusão, não havendo portanto avaliação. Posteriormente, Dodge (1997) retira da lista dos componentes as orientações, introduz a avaliação e inverte a ordem dos recursos e do processo. Numa terceira fase a WebQuest caracteriza-se uma introdução (que cria o ambiente e contextualiza a temática); uma tarefa (que deve ser executável e interessante indicando o que os alunos vão apresentar como produto ou desempenho final); o processo (deve apresentar claramente as etapas a seguir, as fontes a consultar e as ferramentas para organizar a informação); a avaliação (deve especificar os critérios para o desempenho e para o conteúdo); a conclusão (resume o que os alunos alcançaram ou aprenderam e deve também colocar algumas questões retóricas ou encorajá-los para outras temáticas, disponibilizando apontadores para outros sites); a página do professor.

A construção de uma WebQuest torna-se útil na formação inicial e contínua de professores, por tudo o que a sua construção implica. É necessário dominar o tema da WebQuest para a conceber, sobretudo para ter sensibilidade e criatividade sobre o que pode ser solicitado como tarefa e para seleccionar criticamente as fontes a indicar. Por outro lado, ajuda os futuros professores (formação inicial) e professores (formação contínua) a repensar a aprendizagem e os princípios pedagógicos a implementar para orientar os destinatários pelas diferentes etapas até à solução da tarefa. Além disso, a WebQuest também é exigente sobre a descrição da avaliação a ser realizada, devendo ser explicitados os parâmetros a considerar no desempenho individual e/ou do grupo e no produto final.

Uma WebQuest bem elaborada deve levar o aluno a tornar-se progressivamente mais autónomo, responsável, desenvolvendo o espírito crítico (Lopes, 2006). É importante que o professor lhe dê a oportunidade de aprender por si, dinamizando o trabalho colaborativo, negociando a construção do produto a apresentar, tornando-se responsável pela sua aprendizagem e tomada de decisões. Os alunos não estão habituados a aprenderem autonomamente, encontrando-se demasiado dependentes das explicações do professor e por isso precisam de tempo para se adaptarem a uma nova metodologia. Libertar-se da dependência do professor, que tudo esclarece prontamente e ter que reflectir, seleccionar, comparar e sintetizar, torna-se árduo.

É muito importante que no final os alunos apresentem o trabalho à turma porque desenvolvem capacidade de expor, habituam-se a submeterem-se à crítica dos pares e do professor e habituam-se a criticar o trabalho dos colegas, devendo aprender a fazê-lo de forma construtiva. Neste ponto, o professor também tem um importante papel a desempenhar ajudando os alunos a criticarem construtivamente, apresentando os pontos fortes e fracos e propondo alternativas.

Do original:
Carvalho, Ana Amélia Amorim (2007). A WebQuest: evolução e reflexo na formação e na investigação em Portugal. In F. Costa, H. Peralta & S. Viseu (orgs), AS Tic na Educação em Portugal: Concepções e Práticas.. Porto: Porto Editora, pp. 299-327

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica - Resumo

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Este artigo refere-se às vantagens da utilização dos blogs como recurso e estratégia pedagógica.

O termo “blog” é a abreviatura do termo original da língua inglesa “weblog”, sugerido em 1997 por Jorn Barger. Define-se blog como sendo “uma página na Web que se pressupõe ser actualizada com grande frequência através da colocação de mensagens – que se designam “posts” – constituídas por imagens e/ou textos normalmente de pequenas dimensões (muitas vezes incluindo links para sites de interesse e/ou comentários e pensamentos pessoais do autor) e apresentadas de forma cronológica, sendo as mensagens mais recentes normalmente apresentadas em primeiro lugar” (Gomes, 2005).

A utilização de blogs na educação surge em Portugal em 2002, na Universidade de Minho, com a criação do blog “Jornalismo e Comunicação”.

As funcionalidades dos blogs são muito diversificadas, existem blogs pessoais, lúdicos, informativos, políticos, de intervenção cívica, etc. A versatilidade desta ferramenta interessou professores e outros profissionais da educação. Os blogs podem funcionar como recurso pedagógico, constituindo um espaço de acesso a informação especializada e um espaço de disponibilização de informação por parte do professor, ou como estratégia pedagógica, assumindo a forma de portfólio digital, espaço de intercâmbio e colaboração, espaço de debate e de integração.

A utilização de blogs como espaço de acesso a informação especializada é de grande utilidade para o aluno que quer obter informação credível sobre algum tema curricular ou sobre algum tema sobre o qual não queira pedir informações pessoalmente, por vergonha ou timidez (alcoolismo, drogas, doenças transmitidas sexualmente, etc). Este tipo de blogs deverá ser da autoria e responsabilidade de autores ou instituições com mérito e credibilidade.

Os blogs podem funcionar ainda como um espaço de disponibilização de informação pelo professor. Neste caso, o professor pode usar o blog para colocar informação sobre as temáticas da disciplina, com ligações a site relacionados e a notícias que se enquadrem nos temas, ou optar pela construção colectiva de um blog que abarque conteúdos de várias disciplinas, onde o aluno poderá também ser autor desde que convenientemente corrigido pelo professor.

Uma das utilizações educativas mais frequentes dos blogs é como portfólio digital, onde o aluno poderá organizar os temas aprendidos, acompanhados de reflexões, podendo funcionar posteriormente como objecto de avaliação.

Uma outra utilização dos blogs relaciona-se com a colaboração entre escolas e intercâmbios. O intercâmbio de alunos que era apenas suportado por comunicação por carta, e-mail ou telefone pode agora ter um carácter mais visível e mais permanente com a utilização dos blogs. Por outro lado, um blog pode ser utilizado para que diversas escolas se comuniquem e desenvolvam projectos colaborativamente, pondo alunos e professores de escolas diferentes a trabalharem em conjunto.

Os blogs podem ainda ser utilizados como espaços de debate, organizando por exemplo a turma em grupos, possibilitando a cada grupo desempenhar o papel de uma personagem, defendendo as ideias desta.

De entre as mais variadas aplicações de um blog, temos ainda a possibilidade que ele oferece de integrar um aluno que esteja afastado da escola por um grande período de tempo, ou de integração de alunos de etnias diferentes que podem mostrar num blog, trabalhado em conjunto com os seus colegas, a sua forma de vida e os seus ideais, para que possa ser melhor compreendido e aceite.

Do original:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Indicadores de Qualidade de Sites Educativos - Resumo

Segundo Pierre Lévy, “o dilúvio da informação não diminuirá nunca mais”, devido à facilidade e liberdade de publicar e partilhar informação sendo por isso fundamental que saibamos destrinçar entre o que tem qualidade e o que não passa de lixo informático. A avaliação da qualidade de um site torna-se, por isso, indispensável nos dias de hoje.

Este artigo refere-se à evolução que se tem verificado nos sites Educativos e de como podemos avaliar a sua qualidade.

A avaliação de sites feita na última década levou à identificação de quatro fases que traduzem a sua evolução.

Numa primeira fase proliferavam os sites tipo “lençol”, em não se tirava partido das funcionalidades hipertexto que as páginas da Web permitiam e por isso o texto ocupava em média 90% do ecrã. Nesta altura Nielsen propõe algumas sugestões de como aligeirar o texto para a Web.

Como reacção a este cinzentismo surge uma fase multimédia que vem dar vida às páginas Web….mas em excesso! Esta fase caracteriza-se pelo abuso de aplicações multimédia, pelo início da possibilidade de interacção com o autor, utilização de fóruns e valorização da comunicação.


A terceira fase corresponde à do design gráfico e interactividade. Nesta fase aposta-se na sobriedade e design nos sites, notando-se uma diversificação e intensificação das ferramentas de comunicação. A mancha gráfica não excede os 80% e de uma forma geral cumpre-se as orientações “HOME RUN”, dadas por Nielsen. O utilizador é convidado a interagir, passando a ter um papel mais activo. Nos sites escolares começam a surgir espaços para os trabalhos dos alunos.

A última fase assinalada neste artigo refere-se à da edição colaborativa on-line, que é caracterizada pelo aparecimento dos podcast, disponíveis para serem descarregados para o MP3, para serem ouvido sempre que o utilizador assim o desejar.

Denota-se uma preocupação com a especificidade da informação, de acordo com as exigências do público alvo. Por exemplo, os sites educativos passam a integrar informação específica para professores, alunos, e encarregados de educação. A comunicação intensifica-se com chats, correio electrónico, audioconferência e videoconferência. A edição on-line simplifica-se com os weblog e as ferramentas wiki, que por estarem sempre disponíveis na Web podendo ser alteradas a qualquer hora e lugar, possibilitam a aprendizagem ubíqua.

Depois da análise da evolução dos sites, este artigo reporta-se aos componentes de um site educativo, que segundo a autora, além dos requisitos que qualquer site deverá cumprir, este deverá motivar para a aprendizagem, integrando actividades variadas, com diferentes graus de dificuldade. É fundamental que estes integrem ferramentas de comunicação (fórum, chat, correio electrónico, audioconferência e videoconferência) para possibilitar, por exemplo, o esclarecimento de dúvidas. Deve promover a aprendizagem colaborativa, permitindo aos alunos não só a edição como também a partilha de informação. A informação, a partilha, as actividades, a comunicação, a edição colaborativa on-line são os componentes fundamentais de um site educativo, segundo a perspectiva da autora.

A avaliação da qualidade de um site tem várias dimensões, para cada autor. Segundo Carvalho et al (2003), a qualidade de um site educativo relaciona-se com a facilidade da sua utilização, à qualidade da informação e à sua fiabilidade. Vários autores debruçaram-se sobre a qualidade da informação, apresentando indicadores de qualidade tais como a autoridade, rigor da informação, objectividade, data, cobertura temática, design, legibilidade, etc. Cada autor tem os define os critérios que considera serem os mais importantes para essa avaliação.

Os indicadores de qualidade de sites educativos baseiam-se na norma ISO/IEC 9126-1 (2001). A autora propõe nove dimensões que integram a qualidade de um site educativo, são eles a identidade, a usabilidade, a rapidez de acesso, os níveis de interactividade, a informação, as actividades, a edição colaborativa online, o espaço de partilha e a comunicação.

A identidade de um site integra o nome do site, o seu propósito ou finalidade (informação sobre a finalidade do site), a autoridade (integra o autor do site ou a instituição responsável pelo site, os respectivos contactos e o URL), a data de criação e da última actualização.

A usabilidade de um site está relacionada com a facilidade de usar e de aprender a usar, bem como no grau de satisfação sentido pelo utilizador. È necessário que o utilizador compreenda a estrutura do site para se orientar na sua navegação através de um menu sempre disponível, do mapa do site, do índice e do motor de pesquisa interno. São também importantes o aspecto gráfico e a consistência da interface. Um site deve respeitar as normas de acessibilidade a utilizadores com algum tipo de deficiência, nomeadamente para utilizadores com baixa acuidade visual e auditiva (W3C,Grassian, 2000). Um bom site deverá permitir uma navegação intuitiva e oferecer facilidade de leitura.

A rapidez de acesso ao site e de navegação no seu interior depende, entre outros factores, o facto de as hiperligações estarem activas: ” Hiperligações quebradas são frustrantes para o utilizador e geram uma percepção de descuido por parte do responsável do site”.

A interactividade envolve o utilizador e motiva-o a explorar um site. São identificados cinco níveis de interactividade que vão desde o simples aceder à informação clicando nas interligações até actividades mais complexas como a construção de um texto colaborativamente online.

A informação é considerada tudo o que seja conteúdos, ajudas, FAQs, sugestões, actividades para professores e encarregados de educação. Pode ser apresentada como texto, imagem, som e vídeo ou em formatos combinados, como pode acontecer com as simulações, os tutoriais e, mais recentemente, os podcasts. Cada conteúdo deve ter um título, a indicação do autor, a data, as referências bibliográficas e estar correcto do ponto de vista gramatical e ortográfico.
A informação deve ser credível e actual, devendo estar de acordo com as orientações curriculares, seguindo um fio condutor é lógico e coerente com um nível linguístico adaptado aos destinatários. O texto deve estar correcto do ponto de vista gramatical e ortográfico se for escrito e gramatical e eloquente se for falado. É importante que cada peça informativa tenha o nome do seu autor, contendo referências bibliográficas que documentem a sua credibilidade.

As actividades disponíveis num site, tais como WebQuests, jogos, Caça ao Tesouro e exercícios com correcção automática, são outra dimensão que permite a avaliação da qualidade destes. As actividades visam aliciar os alunos para consultarem a informação disponível ou outras temáticas complementares em outros sites afins. É importante que as actividades sejam diversificadas, promovam reflexão, possibilitem a resolução de problemas, debate e pesquisa orientada, de forma a envolverem os alunos na aprendizagem.

Por outro lado, a edição colaborativa online possibilita o trabalho em equipa, na qual vários utilizadores colaboram para um mesmo fim. Por exemplo blogues e as ferramentas Wiki, facilitam a colaboração em qualquer local desde que exista conexão à Internet.

O espaço de partilha refere-se a um espaço em que podem ser disponibilizados os trabalhos realizados pelos alunos ou pelos professores. Devem ser dadas as orientações a respeitar pelos que querem disponibilizar trabalhos e deve também ser mencionado se há alguém que avalie previamente os trabalhos, antes de estes serem disponibilizados no site.

Um bom site educativo, para além do contacto do responsável pelo site, para esclarecimento de dúvidas, deverão existir fóruns de discussão, para que haja um espaço de reflexão que motive os utilizadores a regressarem ao site. Deverá permitir que alunos, professores e encarregados de educação possam intervir e comunicar entre si, por exemplo através de um chat.

Do original:
Carvalho, Ana Amélia A. (2006). Indicadores de Qualidade de Sites Educativos. Cadernos SACAUSEF – Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e a Formação, Número 2, Ministério da Educação, 55-78.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

História do Código Aberto

A tecnologia ou é partilhada ou é inútil!!


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bem Vindo ao Código Aberto!

Este blogue será dedicado às aulas de Tecnologia Educativa da Profissionalização em Serviço na Universidade do Minho.