sábado, 28 de fevereiro de 2009

Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica - Resumo

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Este artigo refere-se às vantagens da utilização dos blogs como recurso e estratégia pedagógica.

O termo “blog” é a abreviatura do termo original da língua inglesa “weblog”, sugerido em 1997 por Jorn Barger. Define-se blog como sendo “uma página na Web que se pressupõe ser actualizada com grande frequência através da colocação de mensagens – que se designam “posts” – constituídas por imagens e/ou textos normalmente de pequenas dimensões (muitas vezes incluindo links para sites de interesse e/ou comentários e pensamentos pessoais do autor) e apresentadas de forma cronológica, sendo as mensagens mais recentes normalmente apresentadas em primeiro lugar” (Gomes, 2005).

A utilização de blogs na educação surge em Portugal em 2002, na Universidade de Minho, com a criação do blog “Jornalismo e Comunicação”.

As funcionalidades dos blogs são muito diversificadas, existem blogs pessoais, lúdicos, informativos, políticos, de intervenção cívica, etc. A versatilidade desta ferramenta interessou professores e outros profissionais da educação. Os blogs podem funcionar como recurso pedagógico, constituindo um espaço de acesso a informação especializada e um espaço de disponibilização de informação por parte do professor, ou como estratégia pedagógica, assumindo a forma de portfólio digital, espaço de intercâmbio e colaboração, espaço de debate e de integração.

A utilização de blogs como espaço de acesso a informação especializada é de grande utilidade para o aluno que quer obter informação credível sobre algum tema curricular ou sobre algum tema sobre o qual não queira pedir informações pessoalmente, por vergonha ou timidez (alcoolismo, drogas, doenças transmitidas sexualmente, etc). Este tipo de blogs deverá ser da autoria e responsabilidade de autores ou instituições com mérito e credibilidade.

Os blogs podem funcionar ainda como um espaço de disponibilização de informação pelo professor. Neste caso, o professor pode usar o blog para colocar informação sobre as temáticas da disciplina, com ligações a site relacionados e a notícias que se enquadrem nos temas, ou optar pela construção colectiva de um blog que abarque conteúdos de várias disciplinas, onde o aluno poderá também ser autor desde que convenientemente corrigido pelo professor.

Uma das utilizações educativas mais frequentes dos blogs é como portfólio digital, onde o aluno poderá organizar os temas aprendidos, acompanhados de reflexões, podendo funcionar posteriormente como objecto de avaliação.

Uma outra utilização dos blogs relaciona-se com a colaboração entre escolas e intercâmbios. O intercâmbio de alunos que era apenas suportado por comunicação por carta, e-mail ou telefone pode agora ter um carácter mais visível e mais permanente com a utilização dos blogs. Por outro lado, um blog pode ser utilizado para que diversas escolas se comuniquem e desenvolvam projectos colaborativamente, pondo alunos e professores de escolas diferentes a trabalharem em conjunto.

Os blogs podem ainda ser utilizados como espaços de debate, organizando por exemplo a turma em grupos, possibilitando a cada grupo desempenhar o papel de uma personagem, defendendo as ideias desta.

De entre as mais variadas aplicações de um blog, temos ainda a possibilidade que ele oferece de integrar um aluno que esteja afastado da escola por um grande período de tempo, ou de integração de alunos de etnias diferentes que podem mostrar num blog, trabalhado em conjunto com os seus colegas, a sua forma de vida e os seus ideais, para que possa ser melhor compreendido e aceite.

Do original:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Indicadores de Qualidade de Sites Educativos - Resumo

Segundo Pierre Lévy, “o dilúvio da informação não diminuirá nunca mais”, devido à facilidade e liberdade de publicar e partilhar informação sendo por isso fundamental que saibamos destrinçar entre o que tem qualidade e o que não passa de lixo informático. A avaliação da qualidade de um site torna-se, por isso, indispensável nos dias de hoje.

Este artigo refere-se à evolução que se tem verificado nos sites Educativos e de como podemos avaliar a sua qualidade.

A avaliação de sites feita na última década levou à identificação de quatro fases que traduzem a sua evolução.

Numa primeira fase proliferavam os sites tipo “lençol”, em não se tirava partido das funcionalidades hipertexto que as páginas da Web permitiam e por isso o texto ocupava em média 90% do ecrã. Nesta altura Nielsen propõe algumas sugestões de como aligeirar o texto para a Web.

Como reacção a este cinzentismo surge uma fase multimédia que vem dar vida às páginas Web….mas em excesso! Esta fase caracteriza-se pelo abuso de aplicações multimédia, pelo início da possibilidade de interacção com o autor, utilização de fóruns e valorização da comunicação.


A terceira fase corresponde à do design gráfico e interactividade. Nesta fase aposta-se na sobriedade e design nos sites, notando-se uma diversificação e intensificação das ferramentas de comunicação. A mancha gráfica não excede os 80% e de uma forma geral cumpre-se as orientações “HOME RUN”, dadas por Nielsen. O utilizador é convidado a interagir, passando a ter um papel mais activo. Nos sites escolares começam a surgir espaços para os trabalhos dos alunos.

A última fase assinalada neste artigo refere-se à da edição colaborativa on-line, que é caracterizada pelo aparecimento dos podcast, disponíveis para serem descarregados para o MP3, para serem ouvido sempre que o utilizador assim o desejar.

Denota-se uma preocupação com a especificidade da informação, de acordo com as exigências do público alvo. Por exemplo, os sites educativos passam a integrar informação específica para professores, alunos, e encarregados de educação. A comunicação intensifica-se com chats, correio electrónico, audioconferência e videoconferência. A edição on-line simplifica-se com os weblog e as ferramentas wiki, que por estarem sempre disponíveis na Web podendo ser alteradas a qualquer hora e lugar, possibilitam a aprendizagem ubíqua.

Depois da análise da evolução dos sites, este artigo reporta-se aos componentes de um site educativo, que segundo a autora, além dos requisitos que qualquer site deverá cumprir, este deverá motivar para a aprendizagem, integrando actividades variadas, com diferentes graus de dificuldade. É fundamental que estes integrem ferramentas de comunicação (fórum, chat, correio electrónico, audioconferência e videoconferência) para possibilitar, por exemplo, o esclarecimento de dúvidas. Deve promover a aprendizagem colaborativa, permitindo aos alunos não só a edição como também a partilha de informação. A informação, a partilha, as actividades, a comunicação, a edição colaborativa on-line são os componentes fundamentais de um site educativo, segundo a perspectiva da autora.

A avaliação da qualidade de um site tem várias dimensões, para cada autor. Segundo Carvalho et al (2003), a qualidade de um site educativo relaciona-se com a facilidade da sua utilização, à qualidade da informação e à sua fiabilidade. Vários autores debruçaram-se sobre a qualidade da informação, apresentando indicadores de qualidade tais como a autoridade, rigor da informação, objectividade, data, cobertura temática, design, legibilidade, etc. Cada autor tem os define os critérios que considera serem os mais importantes para essa avaliação.

Os indicadores de qualidade de sites educativos baseiam-se na norma ISO/IEC 9126-1 (2001). A autora propõe nove dimensões que integram a qualidade de um site educativo, são eles a identidade, a usabilidade, a rapidez de acesso, os níveis de interactividade, a informação, as actividades, a edição colaborativa online, o espaço de partilha e a comunicação.

A identidade de um site integra o nome do site, o seu propósito ou finalidade (informação sobre a finalidade do site), a autoridade (integra o autor do site ou a instituição responsável pelo site, os respectivos contactos e o URL), a data de criação e da última actualização.

A usabilidade de um site está relacionada com a facilidade de usar e de aprender a usar, bem como no grau de satisfação sentido pelo utilizador. È necessário que o utilizador compreenda a estrutura do site para se orientar na sua navegação através de um menu sempre disponível, do mapa do site, do índice e do motor de pesquisa interno. São também importantes o aspecto gráfico e a consistência da interface. Um site deve respeitar as normas de acessibilidade a utilizadores com algum tipo de deficiência, nomeadamente para utilizadores com baixa acuidade visual e auditiva (W3C,Grassian, 2000). Um bom site deverá permitir uma navegação intuitiva e oferecer facilidade de leitura.

A rapidez de acesso ao site e de navegação no seu interior depende, entre outros factores, o facto de as hiperligações estarem activas: ” Hiperligações quebradas são frustrantes para o utilizador e geram uma percepção de descuido por parte do responsável do site”.

A interactividade envolve o utilizador e motiva-o a explorar um site. São identificados cinco níveis de interactividade que vão desde o simples aceder à informação clicando nas interligações até actividades mais complexas como a construção de um texto colaborativamente online.

A informação é considerada tudo o que seja conteúdos, ajudas, FAQs, sugestões, actividades para professores e encarregados de educação. Pode ser apresentada como texto, imagem, som e vídeo ou em formatos combinados, como pode acontecer com as simulações, os tutoriais e, mais recentemente, os podcasts. Cada conteúdo deve ter um título, a indicação do autor, a data, as referências bibliográficas e estar correcto do ponto de vista gramatical e ortográfico.
A informação deve ser credível e actual, devendo estar de acordo com as orientações curriculares, seguindo um fio condutor é lógico e coerente com um nível linguístico adaptado aos destinatários. O texto deve estar correcto do ponto de vista gramatical e ortográfico se for escrito e gramatical e eloquente se for falado. É importante que cada peça informativa tenha o nome do seu autor, contendo referências bibliográficas que documentem a sua credibilidade.

As actividades disponíveis num site, tais como WebQuests, jogos, Caça ao Tesouro e exercícios com correcção automática, são outra dimensão que permite a avaliação da qualidade destes. As actividades visam aliciar os alunos para consultarem a informação disponível ou outras temáticas complementares em outros sites afins. É importante que as actividades sejam diversificadas, promovam reflexão, possibilitem a resolução de problemas, debate e pesquisa orientada, de forma a envolverem os alunos na aprendizagem.

Por outro lado, a edição colaborativa online possibilita o trabalho em equipa, na qual vários utilizadores colaboram para um mesmo fim. Por exemplo blogues e as ferramentas Wiki, facilitam a colaboração em qualquer local desde que exista conexão à Internet.

O espaço de partilha refere-se a um espaço em que podem ser disponibilizados os trabalhos realizados pelos alunos ou pelos professores. Devem ser dadas as orientações a respeitar pelos que querem disponibilizar trabalhos e deve também ser mencionado se há alguém que avalie previamente os trabalhos, antes de estes serem disponibilizados no site.

Um bom site educativo, para além do contacto do responsável pelo site, para esclarecimento de dúvidas, deverão existir fóruns de discussão, para que haja um espaço de reflexão que motive os utilizadores a regressarem ao site. Deverá permitir que alunos, professores e encarregados de educação possam intervir e comunicar entre si, por exemplo através de um chat.

Do original:
Carvalho, Ana Amélia A. (2006). Indicadores de Qualidade de Sites Educativos. Cadernos SACAUSEF – Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e a Formação, Número 2, Ministério da Educação, 55-78.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

História do Código Aberto

A tecnologia ou é partilhada ou é inútil!!


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bem Vindo ao Código Aberto!

Este blogue será dedicado às aulas de Tecnologia Educativa da Profissionalização em Serviço na Universidade do Minho.